segunda-feira, junho 21, 2010

Gino-Ecologia

Amoras,
Abaixo um artigo deveras interessante do Dr Eliezer Berenstein, ginecologista e autor de uma das maiores referencias bibliograficas do meu trabalho, o livro INTELIGÊNCIA HORMONAL DA MULHER.
Espero que aproveitem :)
beijos e caminhada florida
P.


A Gino-Ecologia
Por Eliezes Berenstein
Fonte: http://www.tpm.com.br/ler_artigo.asp?cod=2 - acesso em 2 de julho 2009

Uma nova consciência, quase uma religião, surgiu nos últimos tempos. A consciência de que o homem estabeleceu uma relação de domínio sobre a Terra e sobre todos outros animais. Mas desviou seu caminho, para a destruição do meio ambiente e sua quase própria auto-destruição. É a base desta nova re-ligaçao. A ecologia deu esta consciência a uma parte da humanidade, mas não modificou seu caminho.

Amar a divindade que existe no cosmos e no interior de cada um de nós é o objetivo de muitas religiões, mas deveria ser mais do que isso. Deveria ser uma política. Transcender as questões da ecologia superficial ou ambientalista, a ecologia espiritual humanista, passar pela revolução feminista, iniciada no século passado e em busca de novos caminhos neste século.

Dentro destas correntes, a ginecologia, nome da ciência médica que tratava das questões das mulheres, em seus aspectos físicos orgânicos, transmutou-se para a feminologia, uma nova filosofia existencial e de abordagem do ser feminino.

Se o ser humano é o mais alto ponto evolutivo da natureza, a mulher é seu cume. A feminilidade não é um mal a ser dominado. A fertilidade deve ser uma decisão individual de cada mulher, assim como a manutenção da qualidade de vida na terceira idade é seu direito inalienável.

Seus hormônios, produtos de suas glândulas femininas, fontes de sua inspiração e espírito, alquimia mágica que as diviniza ou enfeitiça são hoje conhecidos da CIÊNCIA e de domínio de grande parte da humanidade. Mas a ciência tem tentado manipulá-los de forma leviana e destrutiva. Consumí-los sem consciência, seria um caminho para o suicídio da feminilidade.

O que não se pode é pagar o preço alto dos cânceres ou acidentes tromboembólicos provindos de seu uso indiscriminado, ligado ao uso anti ecológico de hormônios manipulados, com fins lucrativos ou diversos ao bem da humanidade.

Ao influenciar os nossos próprios hormônios para o bem estar e os mais altos fins ideais femininos, gerenciar o que nos é oferecido como medicamento de forma ética, harmonizando corpo-mente e cosmos, é praticar a gino-ecologia.

Ser a mestre de si mesma e de seus hormônios, criando a sabedoria feminina é reinterpretar o Genesis, dando à mulher seu verdadeiro papel divino.

Nós não "escutamos" nossos hormônios, pois nós lhe abrimos qualquer espaço para que isso ocorra. Vivemos num ensurdecedor barulho da mídia, dos carros e dos compromissos, que tudo esconde do que vem do íntimo de nós mesmos. A natureza ama esconder-se.

Eles, nossos hormônios, não emitem somente sinais, emitem ordens. O código dos hormônios necessita de "voz do oráculo" que abre espaço para a auto-expressão hormonal. É a heteronomia contrária a auto-nomia. É a dominação do dever, sobre o ser.

Os hormônios são parte da definição da vida. São a voz da natureza de D’us no sentido da liberdade consciente. Aparecem para nós fragmentados. Precisamos redirecioná-los através de nosso livre arbítrio. O estro direcionando à feminilidade. O gestageno direcionando à maternidade. O Andro direcionando à competição.

Para tê-los é preciso refletir concretamente e sentir seus sinais no presente. Aparecer, mostrar seu brilho na pele no desejo, no ser consciente do QH. Eles nos dão sinais, indicam os caminhos. Nós decidimos.

A feminilidade no terceiro milênio:
- A sexualidade do III milênio será o produto da Revolução hormonal em curso no século XX.
- A idade da menarca, a queda dos índices de fertilidade e o aumento da expectativa de vida mudarão o perfil da humanidade.
- Novas doenças como a TPM, a endometriose ou climatério descondensado, ainda sem solução.
- Novas drogas hormonais ou não.
- Níveis de stress.
- Tipos de relacionamentos.
- Descaminhos da cirurgia ginecológica.
- Reprodução assistida.

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